Ex-vereador do Rio de Janeiro estava preso desde 2022, acusado pelo estupro de uma jovem naquele ano Na última segunda-feira (24), o ex-vereador Gabriel Monteiro, que também é ex-policial militar e youtuber, foi libertado pela Justiça brasileira, sob a condição de usar uma tornozeleira eletrônica e cumprir uma série de medidas restritivas. A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal, permitindo que Monteiro deixasse o Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro, onde estava detido desde 2022. Ele foi acusado de abusar sexualmente de uma mulher de 22 anos, uma acusação que ele nega veementemente. Na saída da prisão, Monteiro foi recebido por seu pai, o deputado federal Roberto Monteiro, e por sua irmã, a deputada estadual Gisele Monteiro, ambos filiados ao Partido Liberal. As condições impostas pela Justiça são rigorosas. Monteiro está proibido de deixar o estado do Rio de Janeiro e deve comparecer regularmente ao tribunal. Além disso, ele não pode violar a tornozeleira eletrônica que foi instalada na Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro. Essas medidas visam garantir que ele permaneça sob vigilância enquanto aguarda o desenrolar dos processos judiciais que enfrenta, além do caso de abuso sexual. O caso de Gabriel Monteiro ganhou notoriedade não apenas pela gravidade das acusações, mas também pelo impacto político. Em 2022, ele teve seu mandato de vereador cassado após ser acusado de quebra de decoro parlamentar devido ao suposto estupro. Monteiro se tornou o segundo vereador na história do Rio de Janeiro a perder o mandato, seguindo os passos de Dr. Jairinho, que foi acusado de agredir e matar o menino Henry Borel. A situação de Monteiro continua a ser um ponto de discussão acalorado, especialmente em um momento em que o Rio de Janeiro enfrenta temperaturas elevadas, com termômetros se aproximando dos 30 graus.
Trump não é o xerife do mundo, diz Lula no Japão, criticando tarifaço
De acordo com o presidente, o Brasil responderá à tarifação dos produtos vendidos para os Estados Unidos de duas formas: recorrendo à OMC e adotando a reciprocidade tarifária O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite desta quarta-feira (26), pelo horário de Brasília, que está “preocupado” com a tarifação de produtos importados determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Isso vai elevar o preço das coisas e pode levar a uma inflação que ele [Trump] ainda não está percebendo”, disse o presidente, em entrevista coletiva em Tóquio, ao fim da visita de Estado ao Japão. Lula afirmou que o presidente americano não é o “xerife do mundo” e que seria importante, ao invés de tomar medidas unilaterais, conversar com os líderes de outras nações. “Não prevejo um quadro positivo nessa política de aumento de taxação “. De acordo com o presidente, o Brasil responderá à tarifação dos produtos vendidos para os Estados Unidos de duas formas: recorrendo à Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotando a reciprocidade tarifária, caso a reclamação à entidade não dê resultados. “É colocar em prática a lei da reciprocidade. Não dá para a gente ficar quieto achando que só eles têm razão e que só eles podem taxar outros produtos”, afirmou.
Influenciadora é vítima de transfobia em sessão de ‘Wicked’
Elenco do musical usou as redes sociais para prestar apoio à jovem e repudiar atitude da agressora Nesta quarta-feira (26), a influenciadora Malévola sofreu um caso de transfobia antes da apresentação do musical Wicked, na fila da pipoca do teatro. A mulher acusada da agressão deixou o local após o público vaiar. Fabi Bang, atriz que interpreta Glinda, explicou o caso em suas redes sociais. “A gente teve um episódio muito chato na plateia hoje, que zero representa o espetáculo, a mensagem que o espetáculo transmite”, começou Fabi Bang. A atriz explicou que a situação ocorreu antes do início do espetáculo, na fila da pipoca. De acordo com ela, a agressora estava acompanhada de uma criança: “Esse é um ponto da história que me entristeceu muito, além do ato de agressão”, completou. “Me entristece muito toda a situação, principalmente em um ambiente como uma sala de teatro, onde nenhuma intolerância é bem-vinda. Estamos contando uma história que [nos] faz refletir sobre a intolerância alheia, e sobre a nossa própria intolerância e ignorância”, disse, por fim. Além da atriz, Carlos Cavalcante retificou o caso após a saída da agressora da apresentação. Ele disse: “Peço desculpas por esse acontecimento e por esse atraso […] Talvez ela precisasse muito assistir Wicked para aprender alguma coisa na vida”. Malévola, vítima da agressão, também se posicionou nas redes sociais, em vídeo postado também nessa quarta, 26: “Fui vítima de transfobia”. Internautas comentaram sobre o ocorrido.
Servidores do IBGE acusam Pochmann de assédio e retaliação por críticas a atos da gestão
Servidores de duas gerências do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram hoje uma carta aberta em que se declaram vítimas de “retaliação e assédio moral” em função de críticas expressadas sobre atos da gestão de Marcio Pochmann na presidência do órgão. Os técnicos das gerências de Sistematização de Conteúdos Informacionais (GECOI) e de Editoração (GEDI) relatam terem sido transferidos de um prédio da região do Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro, para um antigo parque gráfico do IBGE em Parada de Lucas, na Avenida Brasil, vizinho a comunidades que formam o Complexo de Israel. Os trabalhadores creem que a mudança tenha sido uma retaliação a denúncias públicas feitas pelos técnicos, como a divulgação em janeiro de uma nota de repúdio pela decisão da direção de manter um prefácio assinado pelo governo do Estado de Pernambuco – que poderia caracterizar “propaganda política” e “campanha eleitoral” – em uma publicação oficial do instituto, contrariando parecer da área técnica. As gerências argumentam que atuam no atual edifício desde a década de 1990, responsáveis por atividades de documentação e editoração, com procedimentos e tratativas com demais unidades organizacionais demandantes de forma estritamente digital. “Sua mudança para o Complexo de Parada de Lucas, além de desprovida de embasamento lógico ou técnico, não guarda nenhum compromisso com a realidade do trabalho exercido por essas unidades”, dizem os servidores, em carta aberta. Os trabalhadores defendem que a mudança das duas gerências para Parada de Lucas “constitui retaliação e assédio moral aos seus servidores”, em razão de posicionamentos técnicos que contrariavam decisões da atual gestão Pochmann. Os técnicos relembram que, em janeiro de 2025, contestaram um comunicado da Presidência do IBGE que classificava como “desinformação e mentiras as críticas tecidas pelo corpo técnico da Casa sobre a criação da Fundação IBGE+”. A criação por Pochmann da fundação de direito privado acabou suspensa temporariamente, após intensa polêmica. “Ainda em janeiro de 2025, alertamos sobre os riscos decorrentes da quebra do princípio da impessoalidade e da perda de autonomia técnica no trabalho, em virtude da inclusão de um prefácio com conotação política no periódico Brasil em Números 2024, apesar de as considerações técnicas expressadas por ambas as Gerências serem absolutamente contrárias a tal procedimento”, acrescentou a carta. Os servidores se referem à 32ª edição do periódico “Brasil em Números 2024”, divulgado em 28 de janeiro, no Recife, em Pernambuco. Um dos prefácios trazia o nome de Raquel Lyra, à época filiada ao PSDB/PE, governadora de Pernambuco, mencionando ações e prioridades de seu governo no atendimento à população local. O texto incluiu citações a diferentes programas de sua gestão à frente do governo do Estado. “Em fevereiro de 2025, refutamos uma nota divulgada na Câmara dos Deputados em que fomos rotulados como pessoas que utilizam ataques e acusações infundadas contra o Presidente do IBGE em razão de interesses que têm sido contrariados por mudanças promovidas pela nova administração”, mencionou também a nova carta. A executiva nacional do sindicato de servidores do IBGE, a Assibge-SN, informa que está acompanhando a nova denúncia dos trabalhadores. O núcleo regional do sindicato fará uma assembleia na semana que vem para tratar do assunto. “Recebemos a denúncia hoje. A princípio parece plausível, pois de fato são gerências que se manifestaram contra decisões da direção, e a transferência de local de trabalho parece desprovida de qualquer justificativa razoável”, declarou Bruno Perez, diretor da executiva nacional da Assibge-SN. O texto divulgado nesta quinta-feira tem a assinatura de 11 servidores. “Considerando o exposto, reiteramos o entendimento de que a GECOI e a GEDI estão sob represália em virtude de nossos posicionamentos técnicos. Tal mudança, além de não objetivar o aprimoramento dos fluxos de trabalho, arrisca expor os servidores dessas Gerências a situações cotidianas de inquestionável periculosidade, o que certamente afetará variados fatores de desempenho profissional e institucional, em claro conflito com o Princípio da Supremacia do Interesse Público, segundo o qual a Administração Pública não deve se curvar a interesses privados, como os demonstrados na inflexibilidade irracionalmente exercida pela Coordenação-Geral do CDDI (Centro de Documentação e Disseminação de Informações)”, encerram os trabalhadores, no texto.
Seleção Brasileira sofreu uma de suas piores derrotas da história na última terça-feira, perdendo de 4 a 1 para a Argentina em Buenos Aires
Pressionado, Dorival Júnior vai se reunir com Ednaldo Rodrigues na próxima sexta-feira (28). A reunião, na sede da entidade, foi convocada pelo presidente da CBF para discutir o futuro do treinador, que viu aumentar a pressão sobre si depois de uma das mais doloridas derrotas sofridas pela seleção brasileira, a goleada por 4 a 1 para a Argentina em Buenos Aires. Coordenador executivo de seleções, Rodrigo Caetano também foi convocado para a reunião. Ele e Dorival assumiram suas funções na mesma época, em fevereiro do ano passado, e ambos estão com o trabalho em xeque em razão do péssimo desempenho e dos resultados ruins da seleção brasileira, que ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias, com 21 pontos. Nas últimas semanas, Ednaldo esteve em reuniões diárias para montar a chapa de sua reeleição, confirmada na segunda-feira, 24, e futura diretoria, e o nome que mais ouviu foi o de Filipe Luís, técnico do Flamengo. Já há um discurso pronto de que Filipe Luís poderia ser no Brasil o que Lionel Scaloni tem sido para a Argentina. Um técnico novato, sem experiência, mas que agrega o fato de ter histórico na seleção como jogador, bom relacionamento com elenco e abertura para novas ideias. Não se sabe se o ex-lateral aceitaria e há um problema: Ednaldo não gostaria de desfalcar o Flamengo antes do Mundial de Clubes da Fifa, que será entre junho e julho. No começo de junho, pouco antes do torneio, há uma Data Fifa, com jogos do Brasil contra Equador, fora, e Paraguai, em casa. Antes de o Brasil levar 4 a 1 dos argentinos em Buenos Aires, a avaliação de aliados do presidente era de que Dorival não sairia antes de junho justamente porque o pós-Mundial pode dar opções à CBF. Mas o vexame no Monumental de Núñez mudou esse cenário. Antes de se reunir com Dorival, Ednaldo vai participar nesta quinta-feira de um encontro convocado pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, para discutir medidas para combater o racismo no futebol do continente. Os dirigentes se reunirão em Luque, sede da Conmebol no Paraguai, mas o cartola brasileiro não estará presente. Sua participação será remota, por chamada de vídeo.
Oposição se mobiliza no Congresso após STF tornar Bolsonaro réu
Os parlamentares estão articulando estratégias para defender o ex-presidente, como a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir o foro privilegiado A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe gerou uma mobilização entre a oposição no Congresso. Os parlamentares estão articulando diversas estratégias para defender o ex-presidente, incluindo a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir o foro privilegiado, além de um projeto de anistia para aqueles que participaram dos eventos de 8 de janeiro. Nesta quarta-feira (26), o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, anunciou que a obstrução de matérias na Câmara já começou. Ele destacou que a falta de consenso entre as lideranças resultou no cancelamento da ordem do dia. “Nós só estamos começando, brasileiros e brasileiras, essa batalha. Hoje, arbitrariamente tornaram o presidente Bolsonaro e mais sete réus nesse processo. Mas queremos dizer que se pensaram que a gente ia baixar a cabeça, nós hoje já começamos a obstruir aqui na Câmara. Hoje aqui na Câmara ninguém vai fazer nada. Não teve Ordem do Dia. E nós vamos continuar nessa trincheira da luta”, disse. Paralelamente, a oposição está tentando avançar com a PEC. O vice-líder da oposição, Ubiratan Sanderson, formalizou um requerimento para que a proposta seja pautada, demonstrando a urgência da situação. Embora Bolsonaro tenha negado que tenha solicitado a inclusão da PEC na pauta, ele se posicionou a favor da proposta. A base governista, por sua vez, está atenta ao avanço dessas propostas, especialmente a de anistia, que pode contar com o apoio de alguns deputados. O líder do PT, Lindbergh Farias, está realizando um levantamento dos parlamentares que poderiam se alinhar a essa iniciativa.