Após laudo indonésio controverso, pedido da família da brasileira foi apresentado à Justiça nesta quarta-feira (30/6) A Advocacia Geral da União (AGU) informou que atenderá, de forma voluntária, ao pedido da família de Juliana Marins encaminhado à Justiça Federal para que o corpo da brasileira morta em um monte da Indonésia passe por uma nova autópsia ao chegar ao Brasil. Segundo a companhia aérea Emirates Airlines, que realiza o processo do translado custeado pela prefeitura de Niterói, o transporte deverá ser concluído somente nesta quinta-feira (3/6). O pedido da família foi apresentado pela família a Defensoria Pública da União nesta segunda-feira (30/6), cerca de uma semana após da morte da publicitária carioca. O corpo, recuperado a 650 metros de profundidade no Monte Raijin, na Indonésia, já passou por uma autópsia no país que concluiu que a turista morreu após sofrer “fraturas múltiplas e lesões internas” 20 minutos após cair da trilha. O resultado, porém, acendeu dúvidas aos familiares e brasileiros que acompanharam o resgate, e que viram uma imagem feita por drones que mostram Juliana aparentemente se mexendo horas após o acidente.
Após polêmica, organização recua e alpinista que resgatou corpo de Juliana receberá vaquinha
Após controvérsia sobre taxa administrativa, plataforma confirma repasse total da vaquinha ao alpinista que resgatou Juliana Marins A plataforma Voaa, em parceria com o projeto “Razões para Acreditar”, decidiu manter o repasse integral dos valores arrecadados para Agam, o alpinista que liderou o resgate do corpo da brasileira Juliana Marins no Monte Rinjani, na Indonésia. A decisão foi tomada após críticas recebidas nas redes sociais sobre a cobrança de uma taxa administrativa de 20%. Inicialmente, a plataforma havia anunciado o cancelamento da campanha, que arrecadou mais de R$ 522 mil, e o reembolso dos valores aos doadores. No entanto, após manifestações favoráveis à entrega da quantia ao alpinista, a organização informou que fará o repasse integral, sem nenhum desconto. De acordo com comunicado da Voaa, os valores começaram a ser transferidos nesta segunda-feira (30/6). Quem desejar o reembolso ainda poderá solicitá-lo por e-mail em até 48 horas. A vaquinha foi criada como forma de reconhecimento à atitude de Agam, que se voluntariou para liderar a operação de resgate do corpo de Juliana em uma área de difícil acesso. Ele e outros montanhistas passaram horas enfrentando frio e chuva e chegaram a dormir na encosta da montanha para evitar que o corpo escorregasse ainda mais. A repercussão da campanha, no entanto, trouxe também uma onda de críticas e desinformação. A equipe do “Razões para Acreditar” afirmou ter sofrido ameaças e ataques nas redes sociais, o que contribuiu para a hesitação inicial em concluir o repasse. Após rever a decisão, os organizadores disseram que priorizaram a vontade da maioria dos doadores, que queriam que Agam fosse recompensado por sua coragem e solidariedade.
Advogado é condenado a 10 anos de cadeia por tentar matar namorada em Mato Grosso
O advogado Nauder Junior Alves Andrade foi condenado nesta segunda-feira a 10 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelo homicídio tentado de sua companheira. Conforme a denúncia do Ministério Público de mato Grosso, o crime ocorreu em agosto de 2023, no bairro Tancredo Neves, em Cuiabá. Ele foi julgado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá e optou por fazer a própria defesa em Plenário. O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso e reconheceu que o crime foi cometido por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, em razão da condição de sexo feminino da vítima e envolvendo violência doméstica e familiar. A juíza ordenou a execução imediata da sentença, negando ao réu o direito de recorrer em liberdade. Atuou no júri o promotor de Justiça Samuel Frungilo. Segundo a denúncia, Nauder agrediu violentamente sua companheira com socos, chutes, golpes com uma barra de ferro e tentativa de enforcamento, causando-lhe múltiplos edemas traumáticos e escoriações. A tentativa de feminicídio não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do réu, uma vez que a vítima conseguiu se desvencilhar, fugir e receber socorro a tempo. O crime foi motivado por uma discussão entre o casal, desencadeada pelo uso de entorpecentes por parte do réu e por sua suspeita de infidelidade por parte da vítima. Conforme consta na sentença, “o acusado não apenas desferiu socos e chutes contra a vítima, mas utilizou-se de uma barra de ferro para golpeá-la reiteradamente, inclusive direcionando os ataques à cabeça e a outras regiões vitais, o que revela dolo intenso e vontade homicida acentuada”. Ainda segundo a sentença, o réu prolongou deliberadamente as agressões, perseguindo a vítima por todos os cômodos da residência, submetendo-a a diferentes formas de violência e impedindo sua saída por várias horas. “A vítima passou por uma madrugada de tortura e pânico”, descreve. A decisão judicial também destaca as graves consequências psicológicas enfrentadas pela vítima em decorrência do crime. A mulher relatou a necessidade de acompanhamento terapêutico contínuo para tentar reconstruir sua estabilidade emocional e retomar aspectos básicos de sua vida cotidiana. Além disso, afirmou que as marcas emocionais deixadas pelas agressões comprometem sua capacidade de concentração e afetam diretamente seu desempenho profissional.
Começa período proibitivo de queimadas em Mato Grosso
A partir desta terça-feira (1º), entra em vigor o período proibitivo do uso do fogo nos biomas Amazônia e Cerrado. A medida, que se estende até o dia 30 de novembro, tem como objetivo prevenir e combater incêndios florestais no período de estiagem. Com a chegada da seca, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso intensifica as ações de monitoramento, fiscalização e prevenção, coordenadas pelo Batalhão de Emergências Ambientais (BEA). De acordo com o comandante da unidade, tenente-coronel BM Rafael Ribeiro Marcondes, os primeiros sinais do trabalho integrado já demonstram resultados positivos. “Até o momento, não houve registro de incêndios florestais de grande proporção nos biomas Cerrado e Amazônia, o que reforça a eficácia das ações de prevenção e conscientização promovidas”, destaca o comandante. Durante o período proibitivo, está suspensa a emissão de autorizações para o uso do fogo em atividades agropecuárias, ainda que controladas. A medida está respaldada por legislações federal e estadual, que vedam o emprego do fogo para limpeza de áreas, manejo de pastagens ou outros fins. O descumprimento pode resultar em multas, além de responsabilização civil e criminal. É importante destacar a diferença entre queima controlada e incêndio florestal. A primeira é o uso planejado e tecnicamente controlado do fogo, que até o dia (30.6) podia ser autorizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema). Já o segundo é caracterizado pela propagação descontrolada das chamas sobre a vegetação, exigindo resposta especializada para seu combate. No perímetro urbano, o uso do fogo é proibido durante todo o ano, independentemente da estação.
Dois morrem em colisão entre caminhonete e carro no Nortão; veículos pegaram fogo
Duas pessoas, ainda não identificadas, morreram em um acidente envolvendo um Hyundai HB20 e uma Toyota Hilux, ontem, na MT-322, próximo a Matupá (208 km de Sinop), sentido à União do Norte. Com o impacto, os dois veículos pegaram fogo e ficaram destruídos. As duas vítimas fatais estavam no HB20 e morreram carbonizadas. Dois ocupantes da caminhonete conseguiram sair, foram socorridos e encaminhados ao hospital. Não foi informado o estado de saúde deles. A versão inicial indica que o acidente aconteceu quando a caminhonete ultrapassou um caminhão com problemas mecânicos. O HB20, que trafegava no lado oposto, acabou colidindo frontalmente com a caminhonete. Os veículos pararam às margens da pista. Um caminhão pipa auxiliou no combate às chamas. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Guarantã do Norte para exames de identificação e necropsia.