Influenciador e marido deixam prisão em São Paulo e chegam à Paraíba sob forte esquema de segurança; decisão foi autorizada pela Justiça Após quase duas semanas presos em São Paulo (SP), o influenciador Hytalo Santos e o marido, Israel Nata Vicente, devem ser transferidos para a Paraíba nesta quinta-feira (28/8). A decisão foi tomada ontem e confirmada pela Polícia Civil da Paraíba (PCPB). Segundo a corporação, a previsão é que o casal chegue ao estado por volta das 17h, em um voo comercial, sob um forte esquema de segurança. O transporte contará com a escolta de quatro policiais paulistas e quatro agentes enviados pela Paraíba. Fontes informaram que Hytalo e Israel serão embarcados antes dos demais passageiros, permanecendo no interior da aeronave até o pouso. Eles só devem desembarcar após todos deixarem o avião, para evitar qualquer tipo de incidente ou exposição. As informações foram apuradas em parceria com o jornalista Lucas Macêdo. A transferência foi solicitada pela defesa e autorizada pelo juiz responsável pelo caso. A partir da chegada à Paraíba, os dois devem ser conduzidos a uma unidade prisional do estado, mas ainda está em análise se ficarão ou não na mesma cela. De acordo com informações preliminares, há a possibilidade de separação estratégica, sob a avaliação de que isso poderia levar um dos dois a colaborar com as investigações, fornecendo novas informações ou até confessando participação no esquema. Hytalo e o companheiro foram presos no dia 15 de agosto, em São Paulo, após determinação judicial da 2ª Vara Criminal da Comarca de Bayeux (PB). Eles são investigados por suposta participação em um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro.
Polícia prende no Nortão quatro foragidos por homicídio, estelionato e outros crimes
A Polícia Civil deflagrou hoje em Tapurah (200 quilômetros de Sinop), a primeira fase da Operação “Black List” para cumprimento de mandados judiciais contra indivíduos foragidos da Justiça. A ação resultou na prisão de quatro homens com as prisões decretadas pelo Judiciário de outros Estados, pelos crimes de homicídio, estelionato, falsidade ideológica e integrar organização criminosa. Três procurados foram presos trabalhando em usina de etanol de milho. O quarto suspeito, ao perceber a chegada das viaturas no local, conseguiu se esconder na extensa área da empresa. No entanto, as equipes realizaram posicionamento estratégico na rodovia, onde, após horas de campana, conseguiram abordar o criminoso dentro de um táxi, tentando fugir. Durante a abordagem do veículo e checagem dos ocupantes, foi constatado que o passageiro se tratava do homem condenado, com a prisão expedido pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza (CE). Os outros três presos estavam com as prisões decretadas pelos Juízos da Comarca de Tremembé (SP), da Comarca de Sertãozinho (SP) e 1ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças (MT). Em seguida, os quatro homens foram conduzidos até a delegacia de Tapurah para as providências cabíveis, sendo posteriormente colocado à disposição do juízo local. Conforme o delegado Franklin Pereira Alves, as investigações continuam para identificar outras possíveis pessoas envolvidas em crimes, foragidas da Justiça, e que estão na região para trabalharem como mão de obra.
Sinop: DHPP solicita extração de dados de tornozeleira encontrada em ossada humana
O investigador Wilson Cândido de Souza, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil, informou que as investigações sobre a ossada humana localizada na terça-feira passada em uma região próxima à MT-222, tiveram início. Conforme Wilson, a identificação oficial da vítima ainda será realizada através do DNA, porém, nos restos mortais, havia a tornozeleira eletrônica, o que auxiliará nas primeiras diligências. “Isso não facilita o trabalho, mas nos ajuda bastante nessa missão investigativa. Solicitamos a extração dos dados dessa tornozeleira eletrônica, de fato que essa vítima havia desaparecido desde o dia 18 de julho. A esposa dele procurou a delegacia e registrou o boletim de ocorrência”, explicou. Segundo Wilson, a vítima se trata possivelmente de um homem de 37 anos. “O mesmo saiu para trabalhar naquela data por volta das 13 horas e não retornou mais para a residência. A partir dessa data, ele foi considerado uma pessoa desaparecida e não se tinha informação qualquer de seu paradeiro. Na data de 22, ela fez ocorrência do desaparecimento”, acrescentou. O investigador ainda revelou que os primeiros indícios apontam para o envolvimento do crime organizado. “As evidências, de acordo com nossa experiência profissional, têm todo um parâmetro em que as facções costumam utilizar, sequestrar e levar para regiões afastadas. Mãos e pés amarrados, tiro, facada e muitas vezes até enterrando em local ermo para dificultar as investigações”, concluiu. O cadáver estava enrolado em uma lona e já em estado de esqueletização.
Megaoperação mira 350 alvos em Mato Grosso e mais 7 Estados contra fraude no setor de combustíveis
Receita Federal e órgãos parceiros deflagraram, hoje, a “Operação Carbono Oculto”. Segundo a Receita, trata-se da maior operação contra o crime organizado da história do País em termos de cooperação institucional e amplitude. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em cerca de 350 alvos – pessoas físicas e jurídicas – nos Estados de Mato Grosso (Feliz Natal, Diamantino, Primavera do Leste e Rondonópolis), São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional também ingressou com ações judiciais cíveis de bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos, para a garantia do crédito tributário. O objetivo da ação é desmantelar esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Estão na mira da investigação vários elos da cadeia de combustíveis controlados pelo crime organizado, desde a importação, produção, distribuição e comercialização ao consumidor final até os elos finais de ocultação e blindagem do patrimônio, via fintechs e fundos de investimentos. Megaoperação mira 350 alvos em Mato Grosso e mais 7 Estados contra fraude no setor de combustíveis Receita Federal e órgãos parceiros deflagraram, hoje, a “Operação Carbono Oculto”. Segundo a Receita, trata-se da maior operação contra o crime organizado da história do País em termos de cooperação institucional e amplitude. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em cerca de 350 alvos – pessoas físicas e jurídicas – nos Estados de Mato Grosso (Feliz Natal, Diamantino, Primavera do Leste e Rondonópolis), São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional também ingressou com ações judiciais cíveis de bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos, para a garantia do crédito tributário. O objetivo da ação é desmantelar esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Estão na mira da investigação vários elos da cadeia de combustíveis controlados pelo crime organizado, desde a importação, produção, distribuição e comercialização ao consumidor final até os elos finais de ocultação e blindagem do patrimônio, via fintechs e fundos de investimentos. As investigações, segundo a Receita Federal, apontam que o sofisticado esquema engendrado pela organização criminosa, ao mesmo tempo que lavava o dinheiro proveniente do crime, obtinha elevados lucros na cadeia produtiva de combustíveis. “O uso de centenas de empresas operacionais na fraude permitia dissimular os recursos de origem criminosa. A sonegação fiscal e a adulteração de produtos aumentavam os lucros e prejudicavam os consumidores e a sociedade”, informou. Operações financeiras realizadas por meio de instituições de pagamento (fintechs), em vez de bancos tradicionais, dificultavam o rastreamento dos valores transacionados. Por fim, o lucro auferido e os recursos lavados do crime eram blindados em fundos de investimentos com diversas camadas de ocultação de forma a tentar impedir a identificação dos reais beneficiários. A investigação apontou que as importadas atuavam como interpostas pessoas, adquirindo no exterior nafta, hidrocarbonetos e diesel com recursos de formuladoras e distribuidoras vinculadas à organização criminosa. Somente entre 2020 e 2024, foram importados mais de R$ 10 bilhões em combustíveis pelos investigados. Por sua vez, formuladoras e distribuidoras, além de postos de combustíveis também vinculados à organização, sonegavam reiteradamente tributos em suas operações de venda. A Receita Federal já constituiu créditos tributários federais de um total de mais de R$ 8,67 bilhões em pessoas e empresas integrantes do esquema. Outra fraude detectada envolvia a adulteração de combustíveis. O metanol, importado supostamente para outros fins, era desviado para uso na fabricação de gasolina adulterada, com sérios prejuízos para os consumidores. As formuladoras, as distribuidoras e os postos de combustíveis também eram usados para lavar dinheiro de origem ilícita. Há indícios de que as lojas de conveniência e as administradoras desses postos, além de padarias, também participavam do esquema. Auditores-fiscais da Receita Federal identificaram irregularidades em mais de 1 mil postos de combustíveis distribuídos em 10 estados (SP, BA, GO, PR, RS, MG, MA, PI, RJ e TO). A maioria desses postos tinha o papel de receber dinheiro em espécie ou via maquininhas de cartão e transitar recursos do crime para a organização criminosa por meio de suas contas bancárias no esquema de lavagem de dinheiro. Entre 2020 e 2024, a movimentação financeira desses postos foi de R$ 52 bilhões, com recolhimento de tributos muito baixo e incompatível com suas atividades. Os postos já foram autuados pela Receita Federal em mais de R$ 891 milhões. No entanto, cerca de 140 postos eram usados de outra forma. Eles não tiveram qualquer movimentação entre 2020 e 2024, mas, mesmo assim, foram destinatários de mais de R$ 2 bilhões em notas fiscais de combustíveis. Possivelmente, essas aquisições simuladas serviram para ocultar o trânsito de valores ilícitos depositados nas distribuidoras vinculadas à organização criminosa. O dinheiro de origem ilícita era reinvestido em negócios, propriedades e outros investimentos através de fundos de investimentos que recebiam recursos da fintech, dificultando sua rastreabilidade e dando a ele uma aparência de legalidade. A Receita Federal já identificou ao menos 40 fundos de investimentos (multimercado e imobiliários), com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados pela organização criminosa. Em sua maioria, são fundos fechados com um único cotista, geralmente outro fundo de investimento, criando camadas de ocultação. Entre os bens adquiridos por esses fundos estão um terminal portuário, quatro usinas produtoras de álcool (mais duas usinas em parceria ou em processo de aquisição), 1.600 caminhões para transporte de combustíveis e mais de 100 imóveis, dentre os quais seis fazendas no interior do estado de São Paulo, avaliadas em R$ 31 milhões, e uma residência em Trancoso/BA, adquirida por R$ 13 milhões. Os indícios apontam que esses fundos são utilizados como um mercado de ocultação e blindagem patrimonial e sugerem que as administradoras dos fundos estavam cientes e contribuíram para o esquema, inclusive não cumprindo obrigações com a Receita Federal, de forma que sua movimentação e a de seus cotistas fossem ocultadas da fiscalização. Participam da operação