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Profissionais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em parceria com a secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) atuaram na recuperação de ‘Bandeirinha’, filhote de tamanduá-bandeira e único sobrevivente entre oito animais resgatados das queimadas de setembro do ano passado. Ele chegou ao hospital com apenas dois meses, em estado crítico, apresentando queimaduras de terceiro grau nas quatro patas, anemia severa e desidratação extrema.
“Ele estava gravemente ferido. As queimaduras destruíram camadas profundas de pele e tecido. As trocas de curativos foram feitas diariamente por 42 dias, com limpeza adequada e uso de pomadas específicas para queimaduras graves”, contou Danielle Ferreira, médica veterinária responsável pelo tratamento. Segundo ela, o quadro piorou na primeira semana de internação, quando o filhote apresentou sinais de choque séptico.
“Foi necessário o uso de antibióticos potentes, porque a infecção era causada por uma bactéria multirresistente. Também aplicamos soro glicosado e vasopressores em infusão contínua, já que ele não conseguia manter funções fisiológicas básicas. Chegou a ficar alguns dias em estado semicomatoso”.
As dificuldades continuaram ao longo dos meses seguintes. Bandeirinha desenvolveu osteomielite em um dos membros — infecção óssea causada pelo uso de um acesso intraósseo — e também enfrentou um quadro de pneumonia, comum em animais expostos à fumaça de queimadas.
Um dos grandes desafios, no entanto, foi o vínculo emocional com a veterinária. “Ele só aceitava se alimentar comigo. Como filhote órfão, acabou ‘imprintando’ em mim, o que nos obrigou a manter a alimentação sempre sob o meu manejo. Isso é comum em tamanduás, que permanecem agarrados à mãe durante o início da vida”, explica Danielle.
Mesmo diante de tantos obstáculos, o tamanduá apresentou recuperação gradual. “Começamos a introduzir alimentos naturais como formigas e cupins, e o ensinamos a revirar cupinzeiros. Iniciamos também o processo de dessensibilização humana, transferindo ele para um recinto mais afastado”, diz. Segundo Danielle, no último mês, ele passou a demonstrar comportamentos ariscos e até agressivos com humanos. “Foi nesse momento que percebemos: ele estava pronto para receber alta.”
Agora, com cerca de 10 meses, Bandeirinha está em fase de aclimatação na Ampara Silvestre, na Transpantaneira, onde terá a oportunidade de recuperar plenamente seus instintos antes de ser devolvido à natureza. “Se ele não se adaptar, a Sema deve encaminhá-lo a um empreendimento de fauna, como um zoológico ou centro de conservação. O tamanduá-bandeira é uma espécie classificada como ‘Vulnerável’ pela IUCN, então tê-lo vivo, saudável e potencialmente reprodutivo é uma vitória enorme para a conservação”, destacou Danielle, através da assessoria da UFMT.