O prefeito Alei Fernandes autorizou a abertura de pregão eletrônico visando o registro de preços na aquisição de unidades móveis à base de MDF (ou painel de fibra de média densidade) e nas quais funcionarão cerca de 30 bibliotecas itinerantes (girotecas), destinadas às instituições de ensino infantil e fundamental da rede pública em Sorriso. A iniciativa, que deverá ampliar a disponibilidade de livros e diversificar o acervo acessível aos estudantes, objetiva fortalecer as práticas de leitura, apoiar o desenvolvimento pedagógico e garantir melhores condições de aprendizagem. Já o investimento proposto, segundo o edital, é de R$ 18,5 milhões. Além da biblioteca física (com exemplares de literatura infantil, literatura infantojuvenil, clássicos da literatura brasileira e universal e literatura regional), as instalações estarão equipadas com recursos tecnológicos de cunho dinâmico e interativo, tais como livros digitais e mapoteca automatizada, composta por um mapa-múndi, mapa do país e mapa do estado. Cada unidade também terá computadores, tablets, impressoras, roteadores e mobiliário adequado, atendendo às funcionalidades. A proposta inclui, ainda, capacitação específica para os profissionais responsáveis pela gestão das unidades, com foco em contação de histórias, mediação de leitura, pesquisa escolar, iniciação à informática e organização de acervo. As girotecas representam “recurso estratégico”, “especialmente por sua mobilidade, que permite atender diferentes contextos educativos dentro das escolas municipais. Sua utilização estimula práticas pedagógicas interdisciplinares, fortalece o papel da biblioteca como extensão da sala de aula e amplia o acesso ao conhecimento. Além disso, incentiva o uso da pesquisa como ferramenta de aprendizagem e promove a integração entre profissionais da educação”. A previsão inicial é que seja implementada uma unidade piloto, seguida por expansões gradativas, de acordo com a disponibilidade orçamentária e a avaliação da efetividade pedagógica e operacional do modelo. Com a definição oficial do pregão, cada implantação ocorrerá em cronogramas de até 22 dias úteis
Motociclista morre ao cair de ponte no Nortão
O acidente de trânsito com uma Honda XTZ preta ocorreu, neste fim de semana, na ponte sobre o Rio Paranaíta, situada na Comunidade Ourolanda, em Alta Floresta. A Polícia Civil confirmou que o condutor, identificado como Ezequiel Alves da Silva, de 61 anos, não resistiu aos ferimentos. As informações preliminares são de que a vítima atravessava a passarela de madeira quando acabou perdendo o controle direcional e, na sequência, caiu da estrutura. Ele foi encontrado por populares, caído em meio ao leito do rio e já sem sinais de vida. Após o isolamento da área pela polícia militar, a perícia técnica prosseguiu com as análises. Posteriormente, o corpo foi entregue aos cuidados de uma equipe funerária para os demais procedimentos.
Sinop: carro e caminhão-baú colidem em cruzamento
A colisão entre o VW Fox e o caminhão-baú Mercedes-Benz 710 foi, ontem, no final da tarde, no cruzamento da rua Maceió com a rua Valdir Dorner, no setor Industrial. O condutor do caminhão não se feriu e o motorista do carro teve um ferimento na perna. A versão que será apurada é de que o carro seguia pela Maceió quando colidiu com o caminhão-baú que, com o impacto, parou parcialmente em cima de uma calçada. O carro ficou com o capô e a parte frontal com danos significativos. Conforme portal do nortão.já informou, carro ficou danificado em colisão com outro na BR-163, neste fim de semana, em Sinop.
Filha pede justiça, cita traumas da irmã e contesta laudo de agrônomo que matou esposa em Lucas
Caroline Fernandes, filha de Gleici Keli Geraldo de Souza, de 42 anos, que foi vítima de feminicídio em junho deste ano, em Lucas do Rio Verde, se pronunciou ontem, nas redes sociais, após um laudo da Politec atestar que o engenheiro agrônomo Daniel Bennemann Frasson pode ser considerado inimputável em razão de quadro depressivo. Caroline, que passou a cuidar da irmã de 7 anos, que também foi vítima de facadas e sobreviveu, citou o histórico do suspeito, bem como falou sobre as dificuldades após a morte da sua mãe. Como alguém que se formou, que trabalhava, que já teve carteira assinada, que tem um CNPJ, que já tirou passaporte, que dirigia, que fazia todas as atividades rotineiras possíveis, pode ser dito como “mentalmente insano”?. “Estava com depressão, tomava remédio, surto psicótico, aplicou “Ozempic (essa é ótima). Às vezes parece uma piada de muito mau gosto”. Ela segue os questionamentos. “Engraçado que, quando ia fazer churrasco, beber, fazer festa, ou discutir com a minha mãe por qualquer coisinha, estava com plenas faculdades mentais. Quando ele fazia planilhas no computador, sobretudo o que ela gastava para cobrá-la, ele era são. Quando ele fazia questão de estragar datas comemorativas, que sempre foram importantes para minha mãe, implicando com ela a ponto de desanimá-la, ele estava lúcido. Quando se afastava dela emocionalmente quando algo legal acontecia para ela, ao invés de se alegrar e comemorar junto, não era “doente”. Maldade, crueldade, egoísmo e inveja. Não são doenças. São escolhas”. “Como alguém incapaz de compreender o que estava fazendo no momento dos fatos, abraça a própria filha pedindo desculpas por ter assassinado a mãe dela, enquanto ela dorme ao lado, e a apunhala com quatro facadas nas costas. Deita ela e desfere mais quatro no peito? Como alguém em surto manda mensagem para o irmão contando o que fez? Conversa no telefone? Silêncio em depoimento não é surto. É autodefesa”. Caroline também citou sobre o recomeço após a morte da mãe, cuidados com sua irmã que está sob sua guarda. “Minha irmã tem medo de dormir sozinha, tem medo de dormir primeiro que eu, tem medo de acordar depois de mim, me pede para guardar os talheres antes de dormir. Precisa de acompanhamento psicológico, psiquiátrico, cardiológico, neurológico, nefrológico, e todos os “lógicos” que vocês conseguem pensar. Toma medicação controlada. Tem cicatrizes que doem, física e psicologicamente, que a envergonham. Passou 22 dias na UTI. Precisou reaprender a comer, a andar, tem algumas sequelas motoras até hoje. Nossa mãe foi tirada de nós, nossas casas, meu trabalho, a escola que ela amava, os colegas que ela sente muita falta. Nossa única sorte, foi ainda assim ter para onde voltar. Termos família, amigos, pessoas tão maravilhosas ao nosso redor. Gente que suporte esse tempo”. Ela acrescenta ainda dificuldades pessoais. “Eu perdi 10 quilos, perdi emprego, perdi casa, perdi tudo ao mesmo tempo que ganhei uma filha de 7 anos, um cachorro e todas as responsabilidades que envolvem isso. Graças a Deus minha irmã sobreviveu. Graças ao socorro. Graças ao tempo que parou e nos permitiu viver tudo aquilo que em apenas 15 minutos (que pareceram horas na minha cabeça)”. Por fim, Caroline pede justiça ao caso e diz que não perdeu a esperança. “Eu não perdi a fé. Não perdi a esperança na justiça. O mínimo que minha mãe merece é que o assassino pague pelo que ele fez, já que não há mais nada que possa ser feito. O mínimo que minha irmã merece é estar segura, é crescer bem e, quando tiver idade e maturidade para entender a dimensão de tudo, saber que existiu justiça para ela e nossa mãe. Que não viraram só mais um número em uma estatística. Isso não acabou”, finalizou. Daniel segue preso em uma unidade prisional. O processo continua em andamento na justiça e o juiz deve decidir se o réu vai ser submetido ao tribunal do júri ou outras medidas.